O sub-secretário da Secretária Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, afirmou que a escola Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste), palco do ataque que matou 12 crianças na última Quinta-Feira (7), deverá reabrir no próximo dia 18 (Segunda-Feira). Até lá, os pais poderão deixar os alunos na Clínica da Família Olímpia Esteves, onde voluntários farão atividades lúdicas e terapêuticas com as crianças e adolescentes. Soranz disse que mais de 600 profissionais das secretarias municipais de Saúde, Educação e Assistência Social decidiram se voluntariar para dar apoio psicológico às crianças, familiares e professores envolvidos no ataque. O número de voluntários é 12 vezes maior do esperado. A equipe de voluntários se dividirá em três frentes: uma dará apoio a professores e outros profissionais da escola; a segunda frente atenderá socorristas e vizinhos que presenciaram o ataque; e a terceira frente fará o acompanhamento de crianças e familiares. O acompanhamento psicológico irá durar pelo menos seis meses. Nesse período, serão realizadas sessões de terapia de grupo na clínica da família. A partir da próxima terça-feira, os profissionais da escola farão dinâmicas, terapias de grupo e receberão atendimento individual. Os funcionários terão também suporte social e psicológico, segundo o subsecretário. A Secretária de Saúde informou ainda que os pais e familiares dos alunos têm direito a receber um atestado de afastamento do trabalho por dez dias, se for necessário.
Na quinta-feira (7), por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já na sala de aula, o jovem de 24 anos sacou a arma e começou a ameaçar os estudantes. Segundo testemunhas, o ex-aluno da escola queria matar apenas as virgens. Wellington deixou uma carta com teor religioso, onde orienta como quer ser enterrado e deixa sua casa para associação de proteção de animais. O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Wellington na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Wellington portava duas armas e um cinturão com muita munição. Doze estudantes morreram --dez meninas e dois meninos-- e outros 13 ficaram feridos no ataque. Dez ainda estão internados. Na sexta (8), 11 vítimas foram sepultadas nos cemitérios da Saudade, Murundu e Santa Cruz. Já no sábado pela manhã, o corpo de Ana Carolina Pacheco da Silva, 13, o último a deixar o Instituto Médico Legal (IML), foi cremado no crematório do Carmo, no centro do Rio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário